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Be support !




Servir as pessoas, oferecer ajuda em um momento de crise existencial, oferecer o ouvido para ouvir sobre coisas que ninguém jamais poderia saber (um espécie de confessor), aconselhar, enxugar lágrimas, devolver sorrisos, reacender aquela chama mínima necessária de auto-estima, gastar noites e dias, ser SEMPRE disponível. Com propriedade, posso afirmar que sei o que é viver exatamente assim, e sem receber NADA em troca. Nunca esperei, espero, ou esperarei.

Saber que, em algum momento da vida de alguém você foi a única forma de comunicação, de salvação, de escape...! Que alegria maior há do que esta?

Sou santo? Jamais ! A ambição estúpida da santificação, deixei no fim da adolescência .
Sou um resignado e indolor monge? Também não.

É óbvio que, em terríveis momentos de crise, automaticamente a natureza "contabilize" possíveis "devedores": aqueles de quem esperas que faça o mesmo que fizestes outrora. Mas, em dado momento da vida, a gente passa a sujeitar melhor esse tipo de instinto, e o que sobra é uma leve de-cepção (hífen proposital); aquela sutil melancolia, por tão poucos perceberem a grandeza que há em dar suporte, ser suporte.

A vida segue, e estas coisas não me impedirão de continuar servindo; mas, se não sou santo, também não sou tonto: torno-me, automaticamente, indisponível à gente que que se utiliza da solicitude alheia ("bondade" já seria demais), somente para relações extrativistas; daquelas em que você é sugado, sugado, e deixado "terra desolada".

O que ensina a sabedoria é: poupe seus recursos para ser útil SEMPRE que for necessário, e NUNCA quando conveniente.

A conveniência é a "mãe" das novas formas de "relações" modernas.



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