Saber
que, em algum momento da vida de alguém você foi a única forma de
comunicação, de salvação, de escape...! Que alegria maior há do
que esta?
Sou
santo? Jamais ! A ambição estúpida da santificação, deixei no
fim da adolescência .
Sou
um resignado e indolor monge? Também não.
É
óbvio que, em terríveis momentos de crise, automaticamente a
natureza "contabilize" possíveis "devedores":
aqueles de quem esperas que faça o mesmo que fizestes outrora. Mas,
em dado momento da vida, a gente passa a sujeitar melhor esse tipo de
instinto, e o que sobra é uma leve de-cepção (hífen proposital);
aquela sutil melancolia, por tão poucos perceberem a grandeza que há
em dar suporte, ser suporte.
A
vida segue, e estas coisas não me impedirão de continuar servindo;
mas, se não sou santo, também não sou tonto: torno-me,
automaticamente, indisponível à gente que que se utiliza da
solicitude alheia ("bondade" já seria demais), somente
para relações extrativistas; daquelas em que você é sugado,
sugado, e deixado "terra desolada".
O
que ensina a sabedoria é: poupe seus recursos para ser útil SEMPRE
que for necessário, e NUNCA quando conveniente.
A
conveniência é a "mãe" das novas formas de "relações"
modernas.