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"Requiem" para os vivos, obra-prima do Dan Forrest.


Existe um específico gênero de composição na música erudita, inspirado fielmente no ritual católico da "Missa de Finados", e que se chama "Requiem Aeternae" (Descanso eterno, em latim).


Sou particularmente obcecado por estas peças, provavelmente pela minha "devoção" à morte como tema: as limitações impostas pela existência, e nossa derradeira finitude. Penso que todas as coisas passam por um processo de transvaloração quando aceitamos, de fato, que todos morreremos logo.


O "Requiem" postado nesse link é distinto por uma razão intrigante: é composta também para os vivos, e quando se ouve, tem-se a certeza do quanto, muitas vezes, letras são inúteis numa composição musical. Além disso, é magnífica, linda, sublime, e uma das coisas mais singelas que já escutei.
Mas, a maior alegria é saber que o compositor é um jovem norte-americano, contemporâneo, e bastante acessível.
Ainda há esperança!

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