Existe
um específico gênero de composição na música erudita, inspirado
fielmente no ritual católico da "Missa de Finados", e que
se chama "Requiem Aeternae" (Descanso eterno, em latim).
Sou
particularmente obcecado por estas peças, provavelmente pela minha
"devoção" à morte como tema: as limitações impostas
pela existência, e nossa derradeira finitude. Penso que todas as
coisas passam por um processo de transvaloração quando aceitamos,
de fato, que todos morreremos logo.
O "Requiem" postado nesse link é distinto por uma razão intrigante: é composta também para os vivos, e quando se ouve, tem-se a certeza do quanto, muitas vezes, letras são inúteis numa composição musical. Além disso, é magnífica, linda, sublime, e uma das coisas mais singelas que já escutei.
Mas, a maior alegria é saber que o compositor é um jovem norte-americano, contemporâneo, e bastante acessível.
Ainda há esperança!