A
conclusão a que cheguei até agora, é que esse lance de crença
parece operar mais efetivamente nos terrenos da afetividade e
subjetividade. Sei lá...! Cada dia que passa, me parece mais uma
predisposição que uma ação amparada na "lógica".
O
que testemunhei até hoje foi que, tanto entre ateus "convertidos"
a alguma fé, à crentes aderidos ao ateísmo, jamais há uma mudança
profunda nas matrizes do pensamento: os que foram da fé e se
tornaram ateus soam sempre ressentidos (e não amparados somente por
uma fria e "racional" demonstração de evidências) ; e os
que eram ateus e se tornaram crentes, estão sempre espreitados pela
dúvida existencial que moldou sua percepção da realidade.
No
fim das contas, não me parece tão razoável quanto ateus dogmáticos
descrevem.