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Conexão e mutualidades !

Quem me conhece, sabe que sou bastante intolerante em relação à ignorância. Como sempre digo: "após o advento da Internet, toda burrice e incompetência são indesculpáveis". Não, não confunda informação com inteligência: as pessoas com as quais mais converso - e são extremamente sofisticadas na construção de seus pensamentos e sentenças - não terminaram nem o Ensino Fundamental. Isso tem a ver com DISPOSIÇÃO e BUSCA incessantes. Mas, o motivo desse mini-textão é a minha própria condição deficiente. Sim, pois tenho entendido, day after day, que ter todo o conhecimento do mundo à disposição não garante êxito em muitas tarefas: é aqui entra a tão necessitada SOLIDARIEDADE.  Sou "músico", como todos sabem, e por isso, também, um apaixonado por idiomas. Costumo dizer que "línguas são a mesma coisa que música". As construções, os fonemas, os sons, ah! os sons, mexem comigo. Isso, além, é claro, associado à minha outra paixão: a história das C

Da "canhotice"

Nunca me preocupei com números, "dados",etc; isso é coisa de esquerdistas. Indivíduos sempre me sensibilizaram; sem que para isso, "precisassem" ser diluídos em coletivismos. Na verdade, nem mesmo a própria existência - e minha convivência com os mesmos - de socialistas jamais me incomodou; antes, sempre acreditei na proficuidade derivada dos antagonismos: começo a mudar de idéia ! É chato , na conversa descomprometida ou na exposição de um conceito, ver a mesma repetição exausta de jargões e "leituras" fabricadas. É a morte de qualquer forma de autonomia! É a morte do Pensamento. A "canhotice" está emburrecendo o mundo.

De quando demandaram de mim mais "demonstrações públicas de afeto".

Que tempos !!! Influente é quem têm mais posts curtidos. Sociável é o que dispõe da enorme quantidade de "amigos virtuais; e superficiais... Felicidade só é possivel  se for registrada no "Insta" ou no "Face"... Culto é aquele que gasta seu precioso tempo em debates inúteis na "rede"... Vida afetiva só é plena e romântica, caso os protagonistas alardêem sua convivência nesse enorme outdoor...! Ah, e há os que "vivem" suas cisões afetivas na Rede; numa necessidade infantil se de propagandear - "agora que não estou mais contigo" - ter descoberto a verdadeira liberdade... E depois, taxa gente como eu de "grossa"!! Desculpe-me pela indiferença com que vivo nesse Novo Mundo; vosso mundo... eterno castelo de areia. Meu romance é privado, e por isso sem a interferência dos milhares de péssimos agentes externos... Minhas alegrias são silenciosas e serenas, assim como minhas dores e queixas. Sai dess

A genialidade escondida sob a caricatura do ridículo.

O mais sofisticado quadro de humor formado nas últimas décadas: "Mamonas Assassinas" ! Se fosse um desses acadêmicos que inventam estudos somente para captarem recursos do governo, dedicaria uma séria análise dos meninos de Guarulhos. É desnecessário, a quem se interessa pela história da música ocidental nos últimos 50 anos, apontar a maravilhosa síntese que compõe o único álbum da banda. Um passeio pelo punk rock setentista, pela batida oitentista, pelo Thrash Metal; isso sem mencionar as inúmeras referências à gêneros tipicamente brasileiros: do brega de Falcão e Cauby Peixoto, ao pagodão carioca (especificamente, o Raça Negra e o Negritude Jr.); o "Forrock", etc...! As idiossincrasias da classe média brasileira da década de 90, o choque cultural de um nordestino em um Shopping Center, o "legado do chifre" no romantismo brasileiro; o estigma de gay dos gaúchos, ou até mesmo - em um aparente escárnio aos gays - o ataque aos estereótip

Variantes na língua brasileira: legado histórico e produção do cotidiano. Ou: do “preconceito linguístico” e o “coitadismo linguístico”

É praticamente impossível não perceber as contínuas mudanças que uma língua de determinada localidade apresenta com o passar das décadas e gerações; como também o modo como o cotidiano, com todas as suas interferências e interações, constantemente incidem sobre a construção da mesma, muitas vezes transportando as discussões para além dos limites da gramática e/ou linguística, para aspectos políticos, antropológicos e sociológicos. Atualmente, as maiores tensões surgidas em torno do debate sobre a construção da língua, suas variantes e sua transmissão, residem exatamente nos aspectos em que ela - a língua - demonstra ser também elemento de distinção de classes, legitimação de uma classe dominante, e marginalização de grande parte dos falantes da mesma língua nativa. São considerações interessantes, e até certo ponto pertinentes, pois revelam que a língua carrega, particularmente a nossa, traços enormes de herança histórica escravagista, imperialista, oligárquica, no velho mol

"Forever young" or "Who whants to live forever"

Nada, definitivamente nada, é mais deprimente do que as marcas deixadas no corpo pela passagem do tempo. Por mim, que se partissem todos os espelhos do mundo, e viveríamos com a ilusão de sermos eternamente jovens. Espelhos! Os problemas são os espelhos! Caso não existissem, quem nos contaria a verdade sobre o quanto morremos a cada dia? E quem precisa da verdade que vem dos espelhos? E quem precisa da verdade, essa dama infeliz? Oh, céus, dai-nos uma porção de mentira, daquelas que nos entusiasmam...!

Falando francamente *

Brincadeira !! Depois de tantas vezes feito, Se tornaste em um especialista nisto: - Partidas sem despedidas !!! Porque tinha que ser assim? Porque não se importa com minhas perguntas? Essa indiferença em relação às minhas dores ! Essa rejeição ao quanto me representa, me define... E agora, não saberei o que aconteceu, As "sem-razões" da distância, das idas sem vindas. Tanto sentir misturado em minha cabeça, E a cruel certeza de construir meu futuro com sua ausência. O choro entalado na garganta, As ofensas que precisava dizer-lhe, O amor que ainda sonhava em compartilhar; O orgulho que intencionava lhe proporcionar, E a sensação de que nada foi em vão !! As carícias em minha cabeça enquanto repouso em seu colo, O beijo na testa, e os ensinamentos que eram meus ,por direito. Ausência é o que me sobra, é o que me torna: - Mais uma vez...e para sempre. E, meu desabafo, é meu modo de dizer-lhe o quanto gostaria que fosse diferente: - Pois, d