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"Apenas mais uma de amor" !

David Hume dedicou o Livro XI de sua "Investigação sobre o entendimento humano" à uma análise da "Razão nos animais". Clive Staple Lewis, dedicou semelhante esforço em seu "O Problema do Sofrimento". O primeiro, bretão-escocês e cético, deteve-se à uma investigaçao puramente empírica, distanciada, e voltada para a distinção do funcionamento da razão em humanos e animais. O segundo, bretão-irlandês e cristão, ousou ascender os animais - mais especificamente os domésticos - à Metafisica, abrangendo o "problema do Mal" e da Eternidade para além dos humanos (poderia estender-se mais em sua tese, penso eu !) , estendendo sobre toda a Criação os prejuízos da Queda (conceito religioso, e nem por isso, frágil). O motivo d'eu relacionar isto com o post abaixo? - Se , dois "monstros" da envergadura desses dois britânicos, julgaram possuir o tema alguma relevância e importância; quem sou eu para não fazê-lo ? Não r

Está ruim? Pode piorar !

Estás melancólico? Pode piorar. Um pouco mais triste que o habitual? Pode piorar. Ou, talvez já sejas vítima daquela angústia gotejante, aquela que lhe dá a sensaçao de estar sempre cercado, sob nuvens espessas e cinzas? Pode piorar. Ou, quem sabe, escutas aqueles gritos surdos entalados dentro de ti? Esteja ciente, pode piorar. Talvez, o constante gosto amargo do desamparo cósmico em seu palato existencial? Pode piorar. E, caso já estejas possuído por aquele desejo de auto-aniquilação que se apresenta como uma pronta solução? Isso ainda é vida , latejando, clamando..."Poderia ser pior. Pode. Quando e como podem ser piores? Quando tudo que sobrar for tédio, indiferença, um dar de ombros e um olhar de soslaio , vislumbrando o nada; aquela "a-patia", o nada sentir e com o nada importar-se; aquele looping eterno de desencanto, sem dor, sem tristezas, sem alegrias, sem expectativas e nem memórias, onde já nao há passado ou fututo, e somente uma on

The Tree of Life, Yggdrasill; ou , entre Kether e Malkuth - A Grande Conexão

Cena de um dos melhores filmes que assisti, "The Tree of Life" * (A Árvore da Vida). Nessa cena contida no link abaixo, especificamente, lembro do quanto chorei… das quantas emoções difusas… das tantas questões não respondidas, das muitas respostas nada agradáveis. Ora, pôrra ! Mas não é isto a vida? Esse "sei lá o quê", com o "não sei como" e "nem os porquês"? Talvez a grandiosidade da experiência que tive com esse filme, seja muito mais derivada das referências que já ocupam minha mente (não que não seja, o filme, uma obra soberba). De Jod da Caldéia à Agostinho de Hipona, de Hawkings à Deepak Chopra, dos trágicos gregos ao Eclesiastes hebraico,d e Hesíodo à Ariano Suassuna, de Lao Tsé à Michael Jackson , e de todos aqueles com os quais aprendi, e que gastaram suas vidas na tentativa de integralização da totalidade; de encontrar, mesmo que tateando, o elo que evidenciasse a conexão entre a dor de um minúsculo e miserável

Russel Kirk , em um baianês acessível !

Os três modos de maior propriedade que conheço, e são necessários à maturidade (uma paráfrase minha, a três dos princípios conservadores de Russel Kirk) : 1ª O Princípio da Prescrição (ou o, "veja quem e como já se foderam antes ). "O indivíduo é tolo, mas a espécie é sábia", já dizia Burke, e portanto é necessário olhar para trás,e ver o testemunho dos grandes do passado, e de todas as vezes em que determinadas ações derivaram certas resultantes. Não se engane: "não há nada novo debaixo do sol" , e portanto, escute a voz dos que cometeram cagadas antes, como também a "luz interior" de sua consciência, constituída basicamente de arquétipos morais validados pela sua perenidade. 2ª O Princípio da Prudência : nas palavras de Russel Kirk " (...)qualquer medida deve ser avaliada por suas prováveis conseqüências de longo prazo, e não meramente por alguma vantagem, gozo. ou popularidade temporárias" . Esse é auto-evidente. E

Be support !

Servir as pessoas, oferecer ajuda em um momento de crise existencial, oferecer o ouvido para ouvir sobre coisas que ninguém jamais poderia saber (um espécie de confessor), aconselhar, enxugar lágrimas, devolver sorrisos, reacender aquela chama mínima necessária de auto-estima, gastar noites e dias, ser SEMPRE disponível. Com propriedade, posso afirmar que sei o que é viver exatamente assim, e sem receber NADA em troca. Nunca esperei, espero, ou esperarei. Saber que, em algum momento da vida de alguém você foi a única forma de comunicação, de salvação, de escape...! Que alegria maior há do que esta? Sou santo? Jamais ! A ambição estúpida da santificação, deixei no fim da adolescência . Sou um resignado e indolor monge? Também não. É óbvio que, em terríveis momentos de crise, automaticamente a natureza "contabilize" possíveis "devedores": aqueles de quem esperas que faça o mesmo que fizestes outrora. Mas, em dado momento da vida, a gente passa a

Crepuscular !

Adoro crepúsculos na mesma proporção em que odeio "amanheceres"!  Experimentar aquela percepção real de que, assim como o dia, todas as coisas tendem à acabar: singelo, nostálgico, melancólico, onde toda a euforia e frenesi provocadas pela luz, são engolidas pela mais profunda noite. Crepúsculos são prelúdios do fim: todos os alvoreceres e vibrações "positivas" do dia, se calam diante do espetáculo do fim ; onde não há mais alegria e tristeza, somente o silêncio do breu. E assim, vou testemunhando crepúsculos, como quem pressente o momento de meu entardecer : meu último crepúsculo, o crepúsculo de mim mesmo!

Manifesto de Transgressão !!

Não existe felicidade ao meu lado... Não procure-a em minha companhia; há muito forjamos um pacto de não-convivência. Se estiveres em busca de singelas alegrias, aqueles pequenos milagres do cotidiano; certamente lhe serei útil. Os sorrisos enterrados pelas mágoas; ou a fonte de novas palavras e símbolos, ou até de desejos e intenções diferentes; sou a pessoa adequada . As chamas de prazeres infernais, aquele desejo insaciável - quase vampirístico - pelos corpos e almas alheias, e que se inicie em seu próprio ventre como num dragão inflamado: ponham o meu "Manifesto" em vossas cebeceiras ! Não vos ofereço nada, além do tudo o que já cobiçam em seus corações, mas que aprenderam a emular através da falsa piedade. Liberdade ! Liberdade ! Liberdade ! Liberdade para ser sem culpa, possuir sem temor, sacrificarem-se nos altares do prazer ,conscientes das consequências dos seus atos deliciosamente pecaminosos, e ainda assim, abraçarem com tesão erigido as c